domingo, 9 de maio de 2010

Paz noEstado paralelo

Como é possível se conceber a ideia de paz no mundo hodierno? Ora “quem come não dorme com medo de quem não come”. Nossas residências vêm se tornando prisões, onde nos refugiamos da bandidagem. Não etária a bandidagem, contudo, mais próxima de nós do que possamos conceber de fato?
Compete ao ordenamento jurídico criar condições para que possamos de fato lograr a tão almejada paz? Talvez. No entanto a realidade é outra; os criminosos não acatam o Poder Estatal, por não enxergarem, direta ou indiretamente, a atuação dos governantes junto aos seus.
O que de fato ocorre é que o Poder Paralelo é quem dita as normas a serem seguidas pelos habitantes das comunidades carentes, pois são ele que provêm tais comunidades de suas necessidades básicas. De tal ordem que de nada adianta haver um Estado com normas sancionadoras, enquanto houver esse descaso com a população carente.
O simulacro de Estado que existe nas favelas e periferias não vai permitir a existência da paz no “mundo dos ricos”, que para os cidadãos das classes menos privilegiadas é o alvo da violência urbana.
Ademais os usuários de drogas, os portadores de armas e outros produtos contrabandeados contribuem para o crime em proporção semelhante aos reais criminosos, pois fazem girar a máquina que financia a violência e o crime organizado.

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