terça-feira, 15 de junho de 2010

Desastres ambientais: um empecilho à paz

Obama diz que vazamento terá "resposta sem precedentes"

O presidente dos EUA se dirige esta noite à nação para falar da catástrofe ambiental no Golfo do México

EFE | 15/06/2010 17:45

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Foto: © AP

Barack Obama visita praia em Pensacola com o governador da Flórida Charlie Crist

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que a "catástrofe sem precedentes" causada pelo vazamento de petróleo no Golfo do México deve receber "uma resposta sem precedentes".

Obama, que esta noite se dirige à nação desde a Casa Branca para falar do vazamento, completou hoje com uma visita à base aeronaval de Pensacola uma viagem por três dos estados mais afetados pelo desastre: Mississipi, Alabama e Flórida.

Veja a evolução do vazamento do Golfo do México no infográfico do iG

O presidente americano discursou para cerca de 3,5 mil soldados e reconheceu que as pessoas estão "assustadas" e "zangadas" com o vazamento, o pior desastre ecológico na história dos EUA.

Mas assegurou: "meu governo fará todo o necessário durante o tempo que for necessário" para assegurar que esta situação seja superada e o Golfo do México volte à normalidade.

O derrame de petróleo, que antes da colocação de um sino de contenção sobre o poço chegou aos 6,4 milhões de litros diários, representa "um desastre ambiental sem precedentes" que receberá "uma resposta sem precedentes", defendeu Obama.

O presidente americano também reiterou a promessa do Governo de obrigar à empresa responsável pelo vazamento, a britânica British Petroleum (BP), a pagar todas as indenizações que lhe correspondam.

Discurso
As declarações antecipam, de certo modo, o conteúdo do discurso que o presidente americano deve fazer à nação esta noite, o primeiro de seu mandato.

Obama deve falar por 15 minutos, a partir das 20h local (21h no horário de Brasília), em um discurso retransmitido ao vivo pela televisão americana.

A previsão é que ele exponha os esforços em andamento para combater o vazamento e a maré negra, além de explicar como as pessoas prejudicadas pelo acidente podem fazer para conseguir ajuda econômica, especialmente as medidas para reivindicar indenizações.

Obama também tratará das mudanças que acredita que são necessárias no sistema regulador para garantir que um desastre como esse não volte a se repetir.

O porta-voz de Obama, Robert Gibbs, disse hoje no programa de televisão Good Morning America, da rede ABC, que o governante deve anunciar a criação de uma espécie de "czar" ou responsável pela recuperação da região prejudicada no Golfo do México.

Finalmente, Obama também deve abordar a solução a longo prazo, que passa pela redução da dependência dos combustíveis fósseis e o aumento do investimento em energias alternativas.

Com o discurso, a Casa Branca espera convencer os cidadãos americanos de que o presidente está consciente da gravidade da situação e conta com um plano para solucionar o problema.

As pesquisas indicam que os americanos estão cada vez mais críticos com a resposta do Governo contra o vazamento. Uma enquete elaborada pela empresa GfK assegura que 52% dos eleitores desaprovam a forma como Obama administrou o problema.

Segundo Gibbs, até o final deste mês é "completamente" provável que a BP possa recolher mais de 90% do petróleo que jorra do poço.

"Achamos que a maior parte do petróleo que está sendo derramado no golfo será recolhido", explicou o porta-voz, que acrescentou que a companhia petrolífera planeja acrescentar condutos adicionais aos existentes, que comunicam o sino de contenção sobre o poço com um navio na superfície.

O desastre começou dois dias depois da explosão e posterior afundamento no mar da plataforma petrolífera "Deepwater Horizon", no dia 20 de abril, em um incidente no qual morreram 11 trabalhadores.


Um dos fatores de violência e empecilho à paz é a exploração da natureza em vista do benefício material. Os desastres ambientais representam uma agressão e, portanto, são atos de violência do homem contra o meio ambiente. Apesar de toda mobilização para que haja uma conscientização ante as agressões ambientais, a dita conscientização não ocorre na prática. O exemplo disso é o desastre do Golfo do México, tendo o vazamento ocorrido novamente, após 30 anos... Será que em 30 anos as petrolíferas não conseguiram adotar medidas de contenção e preservação ao meio ambiente?

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