quarta-feira, 9 de junho de 2010

"A paz é uma condição na qual não há o uso da força. Nesse sentido da palavra, o Direito assegura paz apenas relativa, não absoluta, na medida em que priva os indivíduos do direito de empregar a força, mas reserva-o à comunidade.

Afinal, uma comunidade só será possível se cada indivíduo respeitar certos interesses – vida, saúde, liberdade e propriedade – de todos os outros, ou seja, se cada um se abstiver de interferir pela força nas esferas de interesses dos outros.

A técnica social que chamamos "Direito" consiste em induzir o indivíduo a se abster da interferência imposta na esfera de interesses dos outros através de meios específicos: no caso de tal interferência, a própria comunidade jurídica reage com uma interferência similar na esfera de interesses do indivíduo responsável pela influência prévia."

Encontrei o fragmento de texto acima ao buscar algum assunto para postar. Ao lê-lo, houve algumas passagens que me chamaram a atenção, como "A paz é uma condição na qual não há o uso da força.", "...se cada um se abstiver de interferir pela força nas esferas de interesses dos outros." e "..."Direito" consiste em induzir o indivíduo a se abster da interferência imposta na esfera de interesses dos outros através de meios específicos:..."

O que me achei interessante é o modo com ele vê a paz e o direito. Do modo como interpretei, ele tem uma visão um tanto passiva com relação a paz e o direito. Ausência de força, abster-se de interferir, abster da intefência imposta na esfera. Da maneira como li esses trechos, me pareceu que se assisitirmos o desesenrolar dos acontecimentos a nossa volta sem interferir neles, haveria paz e direito. A responsabilidade pela fiscalização de tudo ficaria a cargo da "comunidade jurídica".

A visão que possuo de paz e direito é algo muito mais ativo, muito mais obra de cada indivíduo. A paz seria um estado de equilíbrio em que os indivíduos convivem em harmonia e o direito o meio que os indivíduos dispõe para manter tal estado. Dessa maneira,não basta nos abster de interferir. Cada indivíduo deve manter-se em um estado vigilância constante para que, ao ver uma perturbação nesse equilíbrio, possa agir de maneira a não deixar que ela prolifere.

Nenhum comentário:

Postar um comentário